sábado, 23 de abril de 2011

Porque alguém tenta o suicídio?

Normalmente o suicídio é equacionado como forma de acabar com uma dor emocional insuportável causada por variadíssimos problemas. É frequentemente considerado como um grito de pedido de ajuda. Alguém que tenta o suicídio está tão aflito que é incapaz de ver que tem outras opções. Os suicidas sentem-se com frequência terrivelmente isolados; na maioria dos casos, escolheriam outra forma de solucionar os seus problemas se não se encontrasse numa tal angústia que os incapacita de avaliar as suas opções objectivamente. A sua intenção é parar a sua dor e não pôr termo à sua vida. A este facto dá-se o nome de ambivalência.
Podemos ajudar, prevenindo uma tragédia, se tentarmos entender como essa pessoa se sente e ajudá-la na procura de outras opções e soluções. Uma regra importante: realçar, sempre, o facto de o suicídio constituir uma solução permanente para um problema temporário, lembrando a pessoa de que existe ajuda e que os seus problemas e a sua dor irá melhorar.
Mito: Quem quer se suicidar, não avisa.
Realidade: Em dez pessoas que se suicidam, oito dão pistas de suas intenções, mesmo que sejam mínimas. O suicídio é resultado de um processo que quase sempre pode ser acompanhado, ainda que possa desenrolar-se muito rapidamente nos jovens.

Mito: Um suicida quer realmente morrer.
Realidade: O suicida deseja parar de sofrer, não quer morrer realmente. Ele hesita entre a vida e a morte e deixa aos outros o cuidado de lhe salvar.

Mito: O suicida é covarde, ou corajoso.
Realidade: O suicida não atenta contra sua vida por covardia ou por coragem, mas por que sua vida é insuportável e porque ele não vê outra solução.

Mito: Suicida um dia, sempre suicida.
Realidade: A tendência ao suicídio é reversível. O processo não dura toda vida e pode ser afastado mesmo no caso de suicidas crônicos.

Mito: A pessoa que pensa em suicídio parece necessariamente deprimida.
Realidade: Os sintomas variam em função da personalidade de cada um. Sob a aparência de um bufão ou de um 'duro na queda' pode esconder-se uma grande tristeza.

Mito: Uma melhora nos riscos de suicídio significa que o perigo passou.
Realidade: Uma pessoa que toma a decisão de se matar pode parecer aliviada e até mesmo feliz. Pode-se pensar que a crise acabou, mas é agora que se deve estar mais vigilante. A grande maioria dos suicídios ocorrem nos três meses que se seguem ao começo da melhora.

Mito: A tendência ao suicídio não é hereditária.
Realidade: Pelo contrário, se há tentativas na família, o risco é maior.

Mito: Os suicidas são doentes mentais ou loucos.
Realidade: Nem todas as pessoas que querem livrar-se da vida padecem de uma doença mental e aquelas que a padecem, nem sempre tentam o suicídio. O suicida pode estar sendo vítima de um problema emotivo temporário ou haver perdido a esperança de sair de uma situação difícil, isso não o torna um enfermo mental.

Mito: Aquele que ameaça suicidar-se não o fará, trata-se de um meio de atrair a atenção.
Realidade: A ameaça de suicídio deve ser sempre levada a sério. A pessoa que atua dessa forma está sofrendo e necessita de ajuda. Mesmo em caso de tentativa de manipulação nas mensagens enviadas, não se deve esquecer que deve haver também uma grande dose de desespero para que se chegue a tal ponto.

Mito: Os suicidas têm uma personalidade fraca.
Realidade: Não existe uma personalidade suicída típica. Contrariamente, tratam-se de pessoas cheias de energia. Freqüentemente estão atravessando enormes dificuldades (perdas, rejeição, violação, depressão, etc.). Como exemplo temos o caso da Virgína Wolf, escritora inglesa, feminista e uma mulher das mais atuantes do início deste século.

Mito: O suicídio se produz comumente em meios economicamente desfavoráveis.
Realidade: O suicídio ocorre em todas as classes sociais.
Suicídio

Sentindo a lâmina ranger ao pescoço
Ao vão de quatro paredes – silêncio
Exaltando o medo, que por intenso
Faz-se fugir aos olhos e ouvidos
E a punhos trêmulos, aflitos
Refugio a alma todo meu desgosto

Penso no que busco - paz
Desligando-me deste mundo – ao avesso
Imagino um caminho, um novo começo
Junto a esperança de um universo novo
Mas o sangue esgota-se em meu corpo
E agora é tarde demais
André Moraes
"Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida."
Augusto Cury
"Só vivo porque posso morrer quando quiser: sem a idéia do suicídio já teria me matodo a muito tempo."
Emil M. Cioran
"A dificuldade de praticar o suicídio está nisto: é um ato de ambição que só pode ser realizado depois de superada toda a espécie de ambição."
Cesare Pavese
"A obsessão pelo suicídio é própria de quem não pode viver, nem morrer, e cuja atenção nunca se afasta dessa dupla impossibilidade."

"O suicídio não é querer morrer, é querer desaparecer."
Georges Perros
"A ideia do suicídio é uma grande consolação: ajuda a suportar muitas noites más."
Friedrich Nietzsche
"Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente."
Ultimos versos de um amigo suicida:

“Se eu desistir de existir
não se assuste,
é só o inicio de um novo fim,
E assim, se não nascer o sol
não se preocupe,
eu estarei dentro de ti!

Não pense que é facil para mim
mas eu tentei, por muito tempo eu tentei,
e agora abro mão e te juro de coração
Eu fiz de tudo para que o tudo não acabasse assim

Espero que seja melhor, espero estar correto,
Nessa vida eu não posso viver. estou cada vez mais perto
de sorrir, quando eu fechar meus olhos vou sorrir e enfim ser feliz

É o fim eu sei,
um dia ele chega pra todos nós,
Mas não quero esperar
que aconteça,
antes que eu me esqueça deixe eu te lembrar
te confortar, eu sei que assim vai ser melhor.”
" O suicida é o egoísta mais legítimo ! "
EU ODEIO QUEM DIZ ISSO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
" Memória de um Suicida

Diante dos seus olhos percebeu a escuridão
Correu em direção aos seus sonhos e não achou seu rumo
Olhou pra traz e percebeu que o tempo não parou
Buscou o enigmático e o prazer e nada achou
E num minuto de ansiedade e desespero
Pregou uma peça em sua própria vida
Batizou-se no pecado eterno e beijou a morte
Um beijo amargo e de sabor sombrio
Que ele jamais esquecerá
Quando pensou não haver mais volta,
nem estrada, nem tempo, nem vento.
Olhou para a luz mais profunda que seus olhos inquietos já haviam visto.
Pensou em tudo, mais nenhuma explicação era dada.
Somente a paz que entrava em seu coração,
Juntamente com a luz daquela força magnífica que até então era desconhecida.
Abriu seu coração e disse com ar de liberdade.
“Obrigada meu Deus, sabia que estaria bem ai,
antes que esse pesadelo terminasse."
Dilema do suicida:
"medo de ter coragem do suícidio, ou coragem de ter medo da vida?"
Mauricio Nunes Pereira
" O suicida não deseja a morte. A sobrevida talvez. O cansaço de ser.
Apagar a lembrança quase intermitente do que é. Ele morre para pontuar.
E colocar um ponto infeliz ao final de sua história. "
Hermit
" Suicídio, do latim sui (próprio) e caedere (matar), é o ato intencional de matar a si mesmo.[1] Sua causa mais comum é um transtorno mental que pode incluir depressão, transtorno bipolar, esquizofrenia, alcoolismo e abuso de drogas.[2] Dificuldades financeiras e/ou emocionais também desempenham um fator significativo.[3]
Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade.[4][5] Entretanto, há uma estimativa de 10 a 20 milhões de tentativas de suicídios não-fatais a cada ano em todo o mundo.[6] "